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Águas residuárias: fontes, constituição e tecnologias de tratamento

Introdução: Segundo Hugh (1992), é de esperar que o ser humano cause poluição ambiental em quase todas suas atividades; um exemplo desse fato é a geração de excretas, cuja contribuição per capita típica em termos de sólidos e matéria orgânica é de 180 g/hab.d de sólidos totais, 80 g/hab.d para sólidos fixos e 100 g/hab.d para sólidos voláteis, 50 g/hab.d de DBO e 100 g/hab.d de DQO (VON SPERLING, 2012). De acordo com Jordão e Pessoa (2011), a disponibilidade qualitativa e quantitativa da água é o fator fundamental na fixação do Homem e na formação de novas comunidades próximas às fontes dos recursos hídricos. Segundo Sawyer, McCarty e Parkin (2003), a disposição dos resíduos humanos tem sido tradicionalmente um grande problema, pois com o desenvolvimento das áreas urbanas, por considerações estéticas e de saúde publica, se fez necessário, implantar sistemas de drenagem, coleta e transporte dos resíduos fora das áreas urbanizadas, tendo como depositário normal o corpo de água mais próximo. Entende-se por poluição da água a alteração de suas características por quaisquer ações ou interferências, sejam elas naturais ou antrópicas. Essas alterações podem produzir impactos estéticos, fisiológicos ou ecológicos (BRAGA et al., 2005). O termo contaminação é usado em situações em que uma ou mais substâncias encontram-se no ambiente, mas não produzem nenhum dano perceptível, enquanto que o termo poluição é utilizado para casos em que os efeitos prejudiciais são evidentes (ALLOWAY e AYRES, 1993). As águas residuárias são uma combinação de efluentes domésticos, despejos industriais, efluentes de estabelecimentos comerciais e institucionais, águas pluviais e de drenagem urbana, assim como efluentes agropecuários (CORCORAN et al., 2010). Quando as águas residuárias permanecem paradas e sem tratamento, a decomposição da matéria orgânica nela contida pode produzir gases com odores fétidos e conduzir à redução no conteúdo do oxigênio dissolvido que afetará a vida aquática; adicionalmente, as águas residuárias podem conter microrganismos patogênicos que causam riscos à saúde humana e dos animais (SNAPE et al., 1995).
Além dos efeitos da matéria orgânica e dos patógenos, e devido às preocupações ambientais são cada vez mais comuns os estudos para analisar compostos orgânicos específicos nos corpos de água. Entre esses compostos estão inclusos os agrotóxicos, potencialmente prejudiciais para a flora e fauna naturais; trihalometanos e outros compostos clorados, que podem prejudicar a saúde humana; e compostos químicos de origem industrial, que podem danificar a ecologia natural (MALCOLM, 1993). O objetivo do presente capítulo foi realizar uma revisão bibliográfica a respeito da diversidade de fontes de águas residuárias, sua constituição e principais tecnologias de tratamento utilizadas atualmente.

Autores: Iván Andrés Sánchez Ortiz e Juliana Heloisa Pinê Américo-Pinheiro.

Leia o estudo completo: aguas-residuarias-fontes-constituicao-e-tecnologias-de-tratamento

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