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Sistema de tratamento de efluentes para o campus da Universidade Federal de Campina Grande na cidade de Pombal

Resumo: Com a crescente demanda populacional da cidade universitária, aumentam-se os despejos de efluentes líquidos nos corpos hídricos fazendo-se necessário um tratamento eficaz, a fim de remover a carga orgânica poluidora antes de serem descartados. Nesse trabalho, objetivou-se apresentar um sistema de tratamento de efluentes para Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Pombal localizado no estado da Paraíba. No desenvolvimento do estudo foram realizadas as seguintes etapas: caracterização detalhada do campus Pombal/UFCG, situação atual do esgotamento sanitário dentro do Campus de Pombal, diagnóstico dos possíveis impactos ambientais decorrentes do atual sistema de tratamento de esgoto, medidas mitigadoras e por fim apresentado um sistema de tratamento que melhor se adeque as condições do local em estudo. Na metodologia foram necessárias visitas in loco, entrevistas informais a estudantes e funcionários, fotodocumentação do local de estudo e pesquisas bibliográficas. A partir dos resultados observou-se que o sistema de tratamento utilizado no campus apresenta falhas, sendo necessária a substituição de tal procedimento de tratamento. O sistema proposto foi por meio do processo anaeróbio com reator UASB seguido por Lodo Ativado Convencional, com escolha a partir do fato de ser um sistema compacto, não necessitando de grandes áreas para implantação, assim como também um sistema de baixo custo operacional e apresentar baixo tempo de detenção hidráulico.

Introdução: No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. O direito ao acesso à água potável e ao saneamento básico é garantido pela Organização das Nações Unidas (ONU 2009), contudo o dramático panorama mundial revela que 2,6 bilhões de pessoas não dispõem de coleta e tratamento de esgoto e 900 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso a fontes confiáveis de água potável, sendo a mesma um recurso vital para o desenvolvimento socioeconômico. As ações antrópicas promovem alterações nos recursos naturais e causam impactos ambientais significativos que vão desde a poluição de corpos hídricos e de forma indireta podem levar a escassez da água. Assim a gravidade dessa situação alerta para a necessidade de mudanças de comportamento que possa compatibilizar as alterações provocadas com a capacidade de recuperação da natureza (BRAGA et al., 2005). Uma das principais atividades antrópicas que podem vir a causar danos adversos ao ambiente natural é o lançamento de esgoto sanitário sem prévio tratamento, podendo provocar a proliferação de organismos patogênicos e favorecer o surgimento de doenças, devido à poluição do solo e dos corpos de água. O excesso de substância como o fósforo (P) e o nitrogênio (N) pode provocar o processo de eutrofização dos recursos hídricos ao impactar, de maneira direta, nos parâmetros físicos, químicos e biológicos das águas, impossibilitando seu uso para consumo e lazer (PHILIPPI JUNIOR, 2005). Dados sobre o acesso da população brasileira ao saneamento básico mostram que em 2008 apenas 28,5% dos municípios brasileiros tratavam seus efluentes (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA, 2010). Essas informações mostram a vulnerabilidade da população brasileira assim como a qualidade do meio ambiente e consequentemente do modo de vida das pessoas. A disposição adequada de efluentes deve atender aos objetivos sanitários, estéticos e socioeconômicos, e se converter em melhoria da saúde da população e em redução nos recursos financeiros aplicados no tratamento de doenças, assim como a diminuição dos custos no tratamento da água para abastecimento, eliminação da poluição estética e melhoria no desenvolvimento e conservação ambiental (LEAL, 2008). Contudo, deve-se ressaltar que a coleta e tratamento de esgoto, é uma importante atividade no que se diz respeito à preservação do meio ambiente e a saúde da população (RIBEIRO, 2010). À medida que os indícios de poluição começam a surgir e causar impacto ambiental negativo, a necessidade de tratar efluentes torna-se imperativo. Atualmente é bastante visível a degradação de corpos hídricos devido ao lançamento de efluentes sem o devido tratamento. Diante do exposto, faz-se necessário o diagnóstico quanto à geração, tratamento e disposição final de efluentes gerados na Universidade Federal de Campina Grande, Campus CCTA, localizado no município de Pombal – PB com a finalidade de adequá-los aos padrões estabelecidos pela legislação ambiental brasileira, uma vez que a região em que se encontra inserido o Campus, não é atendida por sistema coletivo de tratamento de esgoto. Com isso objetivou-se apresentar um sistema de tratamento de efluentes para Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Pombal no estado da Paraíba, promover melhorias na qualidade do sistema de tratamento de esgoto, assim também como atender às futuras populações universitárias.

Autores: Graziela Pinto de Freitas; Rosinete Batista dos Santos Ribeiro; Kardelan Arteiro da Silva e Ingrid Lélis Ricarte Cavalcante.

Leia o estudo completo: sistema-de-tratamento-de-efluentes-para-o-campus-da-universidade-federal-de-campina-grande-na-cidade-de-pombal

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