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Secagem de lodo biológico após desidratação por secador rotativo, estufa com temperatura e umidade controlada e secagem natural no litoral norte do estado de São Paulo

Resumo

O processo de desidratação do lodo consiste na redução do seu teor de umidade, com a remoção da água e, portanto uma diminuição da carga volumétrica a ser tratada. Para a desidratação do lodo existem processos mecânicos e naturais que devem ser utilizados de acordo com as características do lodo. Uma possibilidade de secagem de lodo é a secagem em estufa, que envolve a aplicação de calor para a evaporação da água, reduzindo a umidade a níveis mais baixos que os processos convencionais de desidratação, melhorando o seu valor calorífico. Tal procedimento possibilita, também, a redução de custo de transporte e a melhoria da capacidade de armazenamento. Em Caraguatatuba, na ETE Martin de Sá, foram realizados experimentos com Secador rotativo, secagem natural e secagem em estufa com temperaturas de 20, 24, 28 e 32ºC, sendo que a secagem em estufa a temperatura de 32ºC apresentou melhores resultados, ou seja, redução da umidade inicial de 79,3% para umidade final de 11,9%.

Introdução 

A microrregião de Caraguatatuba (área conhecida também por Litoral Norte), é uma das microrregiões do estado de São Paulo pertencente à mesorregião Vale do Paraíba Paulista, conforme figura 1.

Está localizada na porção mais ao norte do litoral paulista, fazendo fronteira com o estado do Rio de Janeiro. Sua população foi estimada em 2011 pelo IBGE em 286.163 habitantes e está dividida em quatro municípios.

A ETE Martin de Sá, da qual o lodo gerado é material deste estudo, é uma estação de tratamento de esgoto que opera pelo sistema de lodo ativado por batelada. A ETE foi projetada para receber 110 L/s de efluente, mas como é característico das estações locadas nos municípios litorâneos há uma variação da população nos meses de temporada, portanto há também variação de vazão nas ETE’s durante este período.

A fração orgânica serve de alimento para os microrganismos, sendo responsáveis pelo seu desenvolvimento e reprodução. Esses microrganismos, principalmente bactérias e protozoários, constituem a biomassa, formando flóculos que se associam à matéria orgânica não viva originando o lodo.

O processo de desidratação do lodo consiste na redução do seu teor de umidade, com a remoção da água e, portanto uma diminuição da carga volumétrica a ser tratada. Para a desidratação do lodo existem processos mecânicos e naturais que devem ser utilizados de acordo com as características do lodo. Uma possibilidade de secagem de lodo é a secagem em estufa (COMPARINI 2001), que envolve a aplicação de calor para a evaporação da água, reduzindo a umidade a níveis mais baixos que os processos convencionais de desidratação, melhorando o seu valor calorífico. Tal procedimento possibilita, também, a redução de custo de transporte e a melhoria da capacidade de armazenamento (Gonçalves et al, 2001).

O presente trabalho tem objetivo de mensurar a taxa de umidade do lodo após desidratação gerado na Estação de Tratamento de Esgoto Martin de Sá, localizada no município de Caraguatatuba/SP utilizando o processo de secagem natural, estufa e secador rotativo em temperaturas e umidades controladas e secagem natural.

Autores: Alexandre da Costa Benedito Zacarias da Siva; Antônio Dirceu Pigatto Azevedo; Rui César Rodrigues Bueno e José Bosco Fernandes de Castro.

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