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Indicadores como ferramentas de tomada de decisões na gestão de recursos hídricos

Resumo

O artigo procura mostrar a importância dos indicadores hidrológicos para gestão de recursos hídricos, quando o conhecimento da situação hidrológica e climatológica pode ajudar na tomada de decisões, antecipando um eventual período de extrema seca ou chuvoso. Foram escolhidos 3 indicadores, 2 indicadores relacionados a chuva (Standard Precipitation Índex – SPI e o Drought Magnitude – DM) e 1 indicador relacionado ao manancial (Índice de Segurança Hídrica – ISH. A combinação destes indicadores conseguem dar subsídios complementares para uma boa gestão de recursos hídricos.

Introdução

Este artigo tem como objetivo mostrar que a utilização dos indicadores hidrológicos na tomada de decisões gerenciais são tão importantes como também fundamentais para minimizar os efeitos danosos numa escassez de água provocada por um período de severa estiagem, por outro lado, os indicadores também conseguem mostrar a predominância de um período favoravelmente úmido.

Os indicadores que se referem às chuvas, respectivamente o Standard Precipitation Index (SPI) e o Drought Magnitude (DM) foram desenvolvidos no Colorado State University (1993), por Dr. Tom McKee et al.

O Índice de Precipitação Padronizado (SPI), é dado em limiares que tecnicamente correspondem ao número de desvios-padrão que a chuva observada se afasta da média. Os limiares vão desde a situação extrema em termos de déficit de chuva até a situação mais extrema em termos de excesso de chuva.

O Índice da Magnitude da Seca (DM), derivado do SPI, é um indicador que estima a magnitude da seca, considerando a sua persistência e intensidade acumulada.

Baseada na metodologia de cálculo do SPI e do DM apresentada por McKee, o LabSid-USP ajustou a função Gamma e seus coeficientes a partir da série histórica de chuvas mensais registradas na bacia do Sistema Cantareira.

O Índice de Segurança Hídrica (ISH), é o indicador que se refere aos mananciais, ele foi totalmente desenvolvido pela Sabesp_RMSP no Departamento de Recursos Hídricos Metropolitanos, a sua metedologia se fundamenta no comportamento do volume de água armazenado em relação ao volume meta estabelecida para o manancial; o volume meta foi baseada no seu comportamento histórico pretérito. Ele é a “curva-guia” do volume que o manancial deve seguir.

A inter-relação entre estes 3 indicadores nos dá uma visão da situação do manancial, fazendo uma comparação de como é o seu comportamento numa condição normal no que se refere aos índices pluviométricos e o seu volume de água armazenado, e, portanto, a análise destes indicadores são fundamentais para a gestão do manancial.

Serão mostrados a evolução destes indicadores no período de jan/15 a dez/17 no Sistema Cantareira.

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