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Ferramenta de gestão operacional de EEE’s utilizando historiador de dados na Baixada Santista

Resumo

O crescimento da urbanização na Baixada Santista apresenta aspectos positivos com aumento de renda, fomento da economia e crescimento populacional nas cidades da região nas últimas décadas, porem exige o aumento na capacidade dos sistemas para atendimento à demanda de abastecimento de água, coleta de esgotos, coleta de resíduos, pavimentação e iluminação pública, etc.

As falhas na operação das estações elevatórias de esgoto decorrente da falta de conscientização da população no lançamento inadequado de detritos, as ligações irregulares que promovem sobrecargas no sistema de esgotamento sanitário, as faltas de energia não programada, etc; causam diversos transtornos que podem promover baixo rendimento nas EEE’s ou parada da estação e consequente impacto ao meio ambiente.

Para otimizar a atuação e promover eficiência em eventos nas Estações Elevatórias de Esgotos-EEE’s, a Sabesp da Baixada Santista implementou um modelo de gestão, que compreende o monitoramento à distância por telemetria das variáveis hidroenergéticas com controle via supervisório Scada integrado a historiador de dados que viabilizam a emissão e compartilhamento de informações e relatórios em tempo real, promovendo melhores resultados no desempenho e regularidade do SES com redução de custos operacionais.

Introdução

A SABESP é uma empresa de sociedade anônima de economia mista fundada em 1973 e atualmente é responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 368 municípios do Estado de São Paulo.

Com 27,7 milhões de pessoas abastecidas com água e 21,4 milhões de pessoas com coleta de esgoto, é considerada uma das maiores empresas de saneamento básico do mundo em população atendida. É responsável por 27% do investimento em saneamento básico feito no Brasil.

Está presente em 209 municípios do estado de São Paulo incluindo região metropolitana, litoral e interior e trata mais de 111 mil litros de água por segundo, o que representa um número bem expressivo e em crescimento. Por se tratar de uma empresa de economia mista realiza concurso público para a contratação de empregados, estagiários e aprendizes e atualmente possui em 2018 no seu quadro: 14.134 empregados, 611 estagiários e 555 aprendizes.

É uma empresa de grande importância, levando em conta que é diretamente ligada a saúde pública e trata com transparência todas as etapas dos processos seja ele de tratamento de água ou esgoto. É muito comum também a realização campanhas de conscientização de consumo e uso racional da água, pelo fato da preocupação com a conservação dos recursos hídricos e como responsável pelos serviços de saneamento básico do Estado de São Paulo, cabe a grande tarefa de garantir o abastecimento de água e esgotos.

A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) foi criada pela Lei Complementar nº 815 de 30 de julho de 1996, como unidade regional do Estado de São Paulo, é composta pela faixa litorânea desde Peruíbe até Bertioga, englobando além destes dois municípios, outros sete: Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão e Guarujá.

A Sabesp assumiu os serviços de água e esgoto no município de Santos em dezembro de 1975. A cidade recebe água de três estações de tratamento: Cubatão, Pilões e Caruara, que pertencem ao Sistema Integrado da Baixada Santista. Este Sistema também abastece os municípios de Bertioga, Cubatão, Itanhaém, Guarujá, Mongaguá, Praia Grande e São Vicente, com capacidade total de 25 metros cúbicos por segundo. O esgoto é processado na Estação de Pré-condicionamento Santos com capacidade de 5.300 litros por segundo, que atende, inclusive, a área insular de São Vicente.

Os municípios que compõem essa região possuem grande diversificação de atividades econômicas, tanto nos setores primário, quanto secundário e terciário, contando entre seus expoentes o maior polo petroquímico e também o maior porto da América Latina.

O contínuo crescimento das atividades econômicas da Baixada Santista ao longo dos últimos anos e a sua consolidação como área de lazer da Região Metropolitana de São Paulo, gerando com isso o afluxo de grandes contingentes populacionais, principalmente nas épocas de verão, carnaval e feriados prolongados, ocasiona uma acelerada demanda de equipamentos de infraestrutura.

Em 2017 a Baixada Santista contava com 1,7 milhões de habitantes residentes, chegando a abrigar mais 1,3 milhões no pico de final de ano (réveillon). Esse comportamento sazonal repete-se, de maneira menos intensa, no carnaval e em finais de semana, feriados e temporada de verão (janeiro e fevereiro).

A região em estudo, compreendida entre Peruíbe e Bertioga, basicamente, possui 05 áreas específicas que são:

  • Bertioga: compreende a áreas central e de expansão até a praia do Una, limitadas pelos rios Itapanhaú e Itatinga, e pelo cruzamento deste último com os limites do Parque Estadual da Serra do Mar, na cota 50, seguindo até a cabeceira do rio Una;
  • Guarujá: compreende a “faixa” de praia do Perequê até a Enseada e áreas urbanizadas da sede do município de Guarujá e distrito de Vicente de Carvalho, limitadas pelas áreas verdes e de preservação da Ilha de Santo Amaro e pelo canal de Bertioga;
  • Parte insular de Santos e São Vicente: compreende as áreas urbanizadas destes dois municípios dentro dos limites da ilha e a parte continental de São Vicente, englobando parte da área deste município, até os limites do Parque Estadual da Serra do Mar;
  • Cubatão, circunscritas pelo limite da área do município e também restringidas pela linha limítrofe do Parque Estadual da Serra do Mar; entretanto, como ocorrem aglomerações populacionais acima desta linha divisória até cerca da cota 400, nos denominados “bairros cota” que já possuem características urbanas mais ou menos definidas, as mesmas foram consideradas no estudo como um “apêndice” da área devido ao fato de tratar-se de “invasão” a áreas de ocupação proibida;
  • Praia Grande a Peruibe: compreende a faixa litorânea, delimitada a oeste também pela linha limítrofe do Parque Estadual da Serra do Mar e ao sul pela linha divisória entre a Estação Ecológica da Juréia e a Área de Proteção Ambiental Cananéia – Iguape – Peruíbe, com o município de Peruíbe.

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