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Metodologia de avaliação de criticidade das estações elevatórias de esgoto

Resumo

A Sabesp possui uma unidade de negócio responsável pelo afastamento dos esgotos da região metropolitana de São Paulo que opera as redes que possui diâmetro maior que 600mm que levam os esgotos para tratamento. Em meio a estas redes esta unidade de negócio opera e realiza manutenções de 23 estações elevatórias de esgoto de classificação diversificada tanto por capacidade como por carga. As estações elevatórias de esgoto são instalações que tem como finalidade transpor os esgotos de uma cota mais baixa para uma mais alta que é constituída de estruturas eletromecânicas, hidráulicas e civis.
O orçamento da unidade possui uma determinação anual e este deve ser gerido, portanto diversas áreas utilizam de ferramentas de priorização para seus gastos. Diante deste cenário surgiu, em um ciclo de planejamento da unidade, a necessidade de um diagnóstico das estações elevatórias de forma que as prioridades de manutenção fossem elencadas avaliando todas a partir de uma mesma perspectiva. A proposta era obter uma metodologia que avaliasse as elevatórias e o produto desta avaliação seria uma ferramenta de tomada de decisão de quais ações evitariam quebras inesperadas que podem gerar perdas de vazão ao identificar os pontos críticos A perda de esgoto não pode ocorrer, pois o esgoto in-natura contamina os corpos hídricos sendo nocivo ao ser humano e outros tipos de vida. O uso de um resultado como este repalda a tomada de decisão para a otimização dos recursos da unidade, pois observa o sistema de elevatórias. Sendo assim, esta metodologia foi elaborada por uma equipe com experiência em operação e manutenção de forma que a ferramenta fosse aderente as necessidades reais da gerência. O objetivo deste trabalho é apresentar esta metodologia que traduz uma inspeção visual da estação elevatória de esgoto em uma porcentagem que indica a probabilidade de perda de esgoto, também esta contido neste trabalho as relações de ponderação dos itens de avaliação escolhidos para a elaboração deste dado, aqui tratado como grau de dano.

Introdução

O esgoto não tratado, in-natura em alguns níveis de lançamento pode ser nocivo ao ser humano comprometendo a saúde pública. Estudos em nível nacional indicam que em cidades onde há menor índice de coleta de esgoto existem maiores índices de internações gastrointestinais. A região metropolitana de São Paulo em 2015 apresenta um índice de índice de atendimento em coleta de esgoto de 87% e um índice de tratamento de 79% dos de esgotos coletados. Sendo assim, a preocupação impressa neste trabalho não envolve o aumento desse índice de coleta e tratamento e sim evitar perdas do esgoto in-natura sendo encaminhado para tratamento. Afinal os lançamentos desses esgotos conferem as mesmas preocupações em relação a poluição dos corpos hídricos, saúde pública e atendimento as legislações.

Considerando esta responsabilidade a unidade de negócio responsável por 23 estações elevatórias de esgoto dispostas entre o sistema de afastamento verificou a necessidade de priorizar as ações de operação e manutenção com este foco. Esta priorização traduziria uma inspeção visual de todas as elevatórias, um diagnóstico, em um número que pudesse ser interpretado como probabilidade de perda de esgoto, trazendo a urgência de atuação de cada elevatória, sua criticidade. Esta foi traduzida como grau de dano e o principal produto deste trabalho é um ranking, que se torna uma ferramenta de consulta para a tomada de decisão de investimentos. O objetivo deste trabalho, porém é compartilhar esta metodologia entendendo as relações de ponderação dos itens escolhidos para a avaliação destas instalações.

Autor: Julia Brandini Barboza.

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