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Readequação operacional e de eficiência energética em sistemas de abastecimento de água

Introdução: De acordo com o EPE – Empresa de Pesquisa Energética [1], órgão ligado ao MMA – Ministério de Minas e Energia, a capacidade instalada de geração de energia no mundo em 2011 era de 5.204,7 GW. O mesmo órgão aponta que as Américas do Sul e Central são responsáveis por 5,2% desse montante, com 269,9 GW. Ainda segundo o EPE [1], em seu Anuário Estatístico de Energia Elétrica – 2014, nesse panorama, o Brasil se sobressai comparado aos demais países da América Latina, ocupando em 2011 a sexta posição no ranking dos dez maiores países, com uma capacidade instalada de geração de 147,9 GW. Do ponto de vista de energia renovável, esta posição de destaque se reafirma quando observados que o Brasil em 2011 foi o segundo maior produtor de energia hidrelétrica entre os dez maiores, estando apenas atrás da China, com 424,4 TWh, significando 12,2% do total produzido por esses maiores países. Infelizmente, esta abundância em energia não se reflete nos valores das tarifas em relação aos demais países. O mesmo documento [1] aponta que o Brasil possui a 3ª tarifa mais cara do mundo, atrás apenas da Itália e do Japão. O valor médio da tarifa industrial em 2012 foi de U$ 177,68/MWh. Esse valor é três vezes maior que a tarifa de países desenvolvidos, como EUA e Noruega. Em 2013 o valor da tarifa teve um decréscimo 13,2% em relação a 2012, mas ainda muito aquém dos valores observados em países mais desenvolvidos [1]. Do ponto de vista do consumo, o grande consumidor de energia no país é o seguimento industrial. Em 2013, representou 39,8% dos 463.335 GWh consumidos [1]. Entretanto, na região Centro-Oeste, que representa 7% do consumo de energia no país, essa realidade é um tanto diferente. Por não possuir uma grande quantidade de indústrias como as regiões Sudeste e Sul, por exemplo, o seu maior consumo é residencial, mas ainda assim seguido de perto pela atividade industrial [1]. Ainda assim, no Mato Grosso do Sul, de acordo com o Portal da Indústria [2], a indústria do Estado paga a 8ª tarifa de energia mais elevada entre as unidades da Federação, representando 4,4% mais que a média nacional. Verifica-se que a classe Industrial no Mato Grosso do Sul é responsável por 14,6% do consumo industrial na região Centro-Oeste, com 1.346 GWh consumidos por 7.804 consumidores industriais em 2013 [1]. Desta forma, cabe aos empreendedores do setor industrial buscar alternativas para reduzir o consumo e os custos com energia. Salientando-se que quando a energia é consumida de forma ineficiente, vai de encontro à necessidade de sustentabilidade em relação aos recursos naturais. Verifica-s e também que quando contratada de forma equivocada, sob o ponto de vista econômico, onera o valor final de seus produtos aos consumidores finais e aumenta a carga tributária paga pelas empresas, respectivamente. Este artigo tem como objetivo apresentar um estudo de caso de redução de custos com energia na indústria do Saneamento no Estado de Mato Grosso do Sul. Mais especificamente, a redução proposta neste caso foi a adequação operacional ao processo de abastecimento de uma área no Município de Rio Brilhante, com consequente redução da tarifa de energia por reenquadramento de classe de consumo.
O estudo se mostra relevante, pois demonstra as oportunidades existentes nas empresas do setor, permitindo a redução das suas despesas de exploração, o adequado dimensionamento de equipamentos eletromecânicos e, consequentemente, a utilização mais eficiente da rede distribuidora de energia. Desta forma, reduz-se a sobrecarga do sistema energético em horários de maior demanda, bem como os custos que oneram as tarifas de fornecimento de água tratada para os consumidores finais. Com estas medidas, torna o seu valor mais acessível, auxiliando a universalização dos serviços prestados.

Autores: Elthon Santos Teixeira e Andréa Teresa Riccio Barbosa.

Leia o estudo completo: readequacao-operacional-e-de-eficiencia-energetica-em-sistemas-de-abastecimento-de-agua

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