Resumo
As atividades das Empresas responsáveis pela administração das redes de distribuição de água e de coleta de esgotos em todos os municípios que operam, geram impactos na saúde pública, no meio ambiente, na qualidade de vida, na economia. Por isto, faz parte de suas atividades a busca da qualidade de seus produtos e serviços e a eficiência nos seus processos. A localização de redes subterrâneas e outras infraestruturas tem sido uma área problemática devido à complexidade envolvida e ao grande número de variáveis sobre as quais não é possível um controle preciso. A principal causa dos sinistros ocorridos durante uma manutenção é a discrepância entre o “As-built” e a posição real das redes enterradas. Parte do problema reside na metodologia empregada na geração dos “As-built” e nos cadastros. Empresas de serviços públicos estão à procura de uma solução que forneça uma avaliação mais precisa e abrangente para localização e marcação de redes, bem como para a gestão de dados e métodos que facilitem a coleta, conservação e atualização da informação relativa aos seus ativos enterrados. Assim, uma abordagem que combina IoT (Internet of Things), oferece a mais promissora ajuda para mitigar a extensão dos danos acidentais causados e aumentar o conhecimento do que está no subsolo. Trata-se da Solução M.I.R.E , um método avançado com o melhor da tecnologia de localização, que combina dados reais com dados virtuais e em tempo real e utiliza as tecnologias de Radio Frequência, Realidade Aumentada, GIS e Dados na Nuvem, integrada aos sistemas legados do cliente com as plataformas Mobile amplamente difundidas (Android e Windows Mobile).
Introdução
A cada ano, milhares de novos ativos são instalados nos sistemas de distribuição de água, muitos dos quais são redes e peças subterrâneas. Encontrar redes subterrâneas tem sido sempre um “jogo de adivinhação”. As equipes de campo munidas de documentação cadastral e/ou “solicitações de serviço” muitas vezes têm de passar muito tempo para, a partir de um ponto de referência nas proximidades, descobrir onde o ativo está enterrado – porque os “As-built”, e cadastros digitais ou em papel, não indicam de forma precisa o local da rede enterrada. Assim, torna-se cada vez mais importante saber o local, status e histórico de manutenção desses ativos, para que possam ser protegidos e gerenciados de forma eficiente.
Portanto, os serviços operacionais, sejam novas ligações de água ou esgoto, ou manutenções, tem seu tempo acrescido pela “adivinhação” da localização da rede, aumentando os custos da prestação de serviço, diminuindo a produtividade das equipes e levando a insatisfação dos clientes.
Outro desafio é diminuir os sinistros e acidentes que ocorrem, sejam com as equipes da Empresa e seus prepostos ou com outras concessionárias, devido à falta de precisão do cadastro das redes. Mesmo com técnicos experientes, esses acidentes continuam ocorrendo. Essas ocorrências prejudicam a imagem da empresa, pois tem grandes repercussões na imprensa, além do transtorno que ocasiona aos moradores. A Empresa ainda tem que pagar altos valores de seguros em função do risco da atividade, que poderia ser minimizado com uma melhor técnica de localização dos ativos.
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Autores: Marcos Almir de Oliveira; Paulo do Vale Nogueira Neto; Nagip Cesar Abrahão; Cesar Fornazari Ridolpho e Fábio Martins dos Santos Nóbrega.
