Emissões de dióxido de carbono no mundo
Mapeado: De onde vem todo esse CO2? Este gráfico mapeia as emissões de carbono em todo o mundo
Mapeado: Emissões de dióxido de carbono ao redor do mundo
De acordo com o Our World in Data, a população global emite cerca de 34 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) a cada ano.
De onde vem todo esse CO₂? Este gráfico de Adam Symington mapeia as emissões de carbono em todo o mundo, usando dados de 2018 da Comissão Europeia que rastreiam toneladas de CO₂ por grade de 0,1 grau (aproximadamente 11 quilômetros quadrados).
Esse tipo de visualização nos permite ver claramente não apenas centros populacionais, mas também rotas de voo, rotas de navegação e áreas de alta produção. Vamos dar uma olhada em algumas dessas regiões concentradas (e bem iluminadas) no mapa.
China, Índia e Oceano Índico
Como os dois países mais populosos e forças econômicas, a China e a Índia são emissores significativos de CO₂. A China, em particular, é responsável por cerca de 27% das emissões globais de CO₂.
E olhando para os oceanos, vemos o quanto o transporte marítimo aumenta as emissões, com muitas rotas marítimas a leste da China claramente delineadas, bem como a principal rota do Oceano Índico entre o Estreito de Malaca e o Canal de Suez.
Estados Unidos e América Central
Os Estados Unidos são um dos maiores emissores de carbono do mundo. Enquanto outros países como Catar e Arábia Saudita tecnicamente têm emissões per capita mais altas, suas emissões totais são relativamente baixas devido a populações menores.
Nos EUA, as áreas mais iluminadas são os principais centros populacionais, como o corredor Boston-Washington, a Bay Area e os Grandes Lagos. Mas também estão iluminadas muitas das rodovias que ligam todos esses centros populacionais, mesmo no centro menos populoso do país.
Com tanto tráfego dentro e fora dos Estados Unidos, os oceanos se tornam uma mistura obscura de rotas marítimas e aéreas. Ao sul, é bem visível a maior concentração de pessoas ao redor da Cidade do México e o tráfego que flui pelo Canal do Panamá.
Rede de Emissões da América do Sul
Assim como as outras regiões, algumas das áreas mais populosas da América do Sul também são as maiores emissoras, como São Paulo e Rio no Brasil e Buenos Aires na Argentina. Este mapa também destaca o terreno acidentado do continente, com a maior parte da população e as emissões das rodovias limitadas às costas.
No entanto, as cidades não são as únicas grandes emissoras da região. Existem linhas claras que cruzam a floresta amazônica em muitas seções onde cidades e estradas foram construídas, incluindo o centro econômico da cidade de Manaus ao longo do rio Amazonas. Da mesma forma, os oceanos têm muitas das principais rotas marítimas destacadas, particularmente o leste do Brasil.
Europa e Norte da África
A Alemanha é um dos maiores emissores de carbono da Europa – em 2021, o país gerou quase 644 milhões de toneladas de CO₂.
Também impressionam a Itália (que é o segundo maior emissor de CO₂ depois da Alemanha) e o Reino Unido, bem como o volume significativo de comércio ao longo do Canal da Mancha.
Em comparação com a intrincada rede de cidades, vilas e rodovias movimentadas que atravessam a Europa, através do Mediterrâneo há linhas de atividade muito mais claras e simples no norte da África. Duas grandes exceções estão no Oriente Médio, onde o rio Nilo e o canal de Suez, no Egito, estão massivamente iluminados, assim como Israel, no leste do mar.
Mas uma imagem mais significativa (embora mais obscura) é desenhada pelas enormes quantidades de navegação e rotas aéreas que iluminam o Atlântico e o Mediterrâneo em geral.
Net Zero até 2050
Para mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas, países ao redor do mundo assumiram compromissos para atingir emissões líquidas zero.
Imaginar o mapa global de emissões com esses compromissos em ação requer uma transformação completa da produção de energia, hábitos de consumo, infraestrutura de transporte e muito mais.
E mesmo assim, um mapa gerado no futuro não seria totalmente escuro, pois “net-zero” não é equivalente a emissões zero, mas a um equilíbrio entre emissões e remoções.
Como pode ser esse mapa de emissões globais em um futuro próximo e distante? E que outros insights interessantes você pode gerar navegando pelo mundo dessa maneira?
Fonte:visualcapitalist
Traduzido e adaptado por Flávio H. Zavarise Lemos
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