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Avaliação e classificação da água bruta de abastecimento da UFLA

Resumo

Para dimensionar uma Estação de Tratamento de Água (ETA), faz-se necessário a observação de normas e leis que determinarão os requisitos mínimos para o projeto, além de prover à população servida água potável e de boa qualidade. O trabalho visou à avaliação da lagoa de captação de água bruta, bem como a eficiência da ETA no tratamento e distribuição da água tratada para o câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Foram realizadas coletas de amostras de água na lagoa de captação e na ETA para avaliação das variáveis: cor aparente, cor verdadeira, turbidez, pH e ferro, entre os meses de janeiro e novembro de 2016. À luz da resolução CONAMA nº 357 de 2005, e da Portaria MS nº 2914 de 2011, verificou-se que o sistema convencional de tratamento da ETA/UFLA é condizente com o sistema indicado pelo CONAMA para tratar água bruta a partir das características apresentadas. A qualidade da água servida quase na totalidade atendeu à legislação; entretanto, em algumas ocasiões, a potabilidade da água foi afetada provavelmente aos fatores externos como chuva e movimentação de terra devido às obras realizadas às margens das lagoas de captação.

Introdução

As unidades utilizadas em uma ETA derivam diretamente da classificação em que o curso d’água a ser utilizado encontra-se, sendo obrigatório conhecer essa classificação determinada pela Resolução nº 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 2005), que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento. Além disso, devem ser observadas as regras instituídas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) pela NBR 12.216 que indica como projetar uma estação de tratamento de água para abastecimento público (ABNT, 1992). Ao atender os dispositivos legais dessas normativas, entende-se que haverá boa eficiência no tratamento da água.

A potabilidade da água após tratamento deve atender a Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, pois caso contrário será necessário adotar medidas corretivas para que o sistema de tratamento atenda a legislação.

Neste trabalho objetivou-se avaliar o corpo d’água do qual é realizada a captação para a ETA da Universidade Federal de Lavras, indicar em qual condição de qualidade as águas de captação se encontram, além de aferir a eficiência da ETA no atendimento da Portaria 2.914 do Ministério da Saúde.

Autores: Daniela Aparecida Vitor; Jean Michel pereira Souza; Arthur Boari; Dyego Maradona Ataide de Freitas e Ronaldo Fia.

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