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Adutora de grande porte – metodologia para quantificação da constante K de Bresse

Resumo

O dimensionamento de tubulações adutoras usualmente é realizado a partir da equação consagrada de Bresse. Embora conceitualmente simples, esta equação depende da constante k, que apresenta certa dificuldade na adoção de seu valor pois atrela o custo de material, transporte, mão-de-obra, energia elétrica, operação e manutenção do sistema, variando de acordo com a região e situação econômica. Este estudo traz uma metodologia adaptada para determinação da constante k, mais restrita e condizente com a realidade, a partir da avalição real dos custos. O foco do estudo foi uma adutora do sistema de captação de água bruta da cidade de Uberlândia, Minas Gerais, cujo trajetória da adutora tem início no reservatório da Usina Hidrelétrica Capim Branco I e final na estação de tratamento de água. A partir da aplicação da metodologia proposta, os valores obtidos da constante k entre 0,70 e 0,85, quando comparados aos valores usuais adotados na literatura, representa uma economia financeira acentuada para adutoras de grande porte.

Introdução

As linhas adutoras são tubulações básicas de um sistema público de abastecimento, responsáveis por conduzir água entre as unidades anteriores à rede de distribuição, interligando a captação à estação de tratamento de água (adutora de água bruta), e esta aos reservatórios de água tratada (adutora de água tratada).

De acordo com Porto (2006), o método mais utilizado no dimensionamento econômico do diâmetro D de adutora baseia-se na equação de Bresse (equação 1). A equação é diretamente dependente da vazão escoada Q e tem um grau de incerteza elevado, uma vez que a constante k é calculada a partir de fatores econômicos atrelados à experiência do projetista.

D = k.Q1/2 (1)

A determinação da constante k depende dos custos de material, transporte, mão-de-obra, energia elétrica, operação e manutenção do sistema etc., variando de local para local e no tempo, principalmente em regimes econômicos inflacionários. Na área técnica, ou na elaboração de projetos hidráulicos, o valor da constante k varia entre 0,70 a 1,30 (PORTO, 2006).

Uma das metodologias mais adequados para sua quantificação é a avaliação real dos custos, que se baseia em critérios econômicos, permitindo que adaptações sejam feitas pelos usuários, principalmente no que depende do porte da tubulação analisada.

Autores: Hélio Correia da Silva Jhunior; Marcio Ricardo Salla e Maria Lyda Bolaños Rojas.

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