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Estudo de caso – eficiência da limpeza química da rede de distribuição de abastecimento público, no estado de Goiás-Brasil

Resumo

A grande maioria dos sistemas de abastecimento de água no Brasil apresentam problemas de “água vermelha” ou “água suja” na rede de distribuição, bem como apresentam um elevado grau de incrustações nas tubulações, resultando em um alto índice de reclamações por parte dos clientes em relação à qualidade do produto. É um evento que frequentemente ocorre nos sistemas de abastecimento de água-SAA em todo território brasileiro, e nem sempre a “água suja” é vermelha, mas em alguns casos negra, quando da presença do manganês. Os estudos realizados no município de Valparaiso de Goiás, (SILVA ET ALL, 2015) possibilitaram a elaboração de um protocolo para remoção de incrustações caracterizadas por finas camadas sobrepostas na superfície interna da tubulação de água, devido as precipitações dos íons metálicos ferro e manganês, lembrando um pó fino e negro. Este protocolo foi utilizando no município de Campinorte e em Goiânia no sistema Madre Germana II, apresentando os resultados obtidos, satisfatórios em relação a melhoria na qualidade de água na rede de distribuição, reduzindo as reclamações dos clientes quanto a este requisito legal.

Introdução

A grande maioria dos sistemas de abastecimento de água no Brasil apresentam problemas de “água vermelha” ou “água suja” na rede de distribuição, bem como apresentam um elevado grau de incrustações nas tubulações, resultando em um alto índice de reclamações por parte dos clientes em relação à qualidade do produto. A formação destas incrustações e da “água suja”, está intimamente ligada a presença de metais, principalmente o Ferro e o Manganês na água produzida (WEIGET,2017).

É um evento que frequentemente ocorre nos sistemas de abastecimento de água-SAA em todo território brasileiro, e nem sempre a “água suja” é vermelha, mas em alguns casos negra, quando da presença do manganês. Estas alterações na qualidade de água, surgem quando há paralizações no SAA, por falta de energia elétrica ou outras manutenções locais, que ao retornar o abastecimento o material incrustrado nas redes de distribuição é carreado no processo de recarga, alterando os aspectos físicos da água ( cor aparente e turbidez). Nesta situação a concessionaria, providencia descargas em pontas de rede e/ou ramais, como forma de reduzir o impacto desta não conformidade na qualidade de água, procedimento que nem sempre em alguns dos casos soluciona de forma rápida a presença de cor ( >15uH ) e turbidez (>5 NTU) elevada.

Os estudos realizados no município de Valparaiso de Goiás, (SILVA ET ALL, 2015) possibilitaram a elaboração de um protocolo para remoção de incrustações caracterizadas por finas camadas sobrepostas na superfície interna da tubulação de água, devido as precipitações dos íons metálicos ferro e manganês, lembrando um pó fino e negro.

Duarte (2006), verificou significativa relação entre estes íons metálicos( ferro e manganês) e os aspectos físicos da água na rede de distribuição, em estudos realizados no SAA João Leite, em Goiânia, sugerindo que setenta e cinco porcento (75,7%) das ocorrências de cor e turbidez elevadas, eram decorrentes da presença de ferro acima dos padrões e os outros 24,3% sugeriam a precipitação de alumínio ou de manutenções na rede. Avaliações no banco de dados de qualidade de água na rede de distribuição, ocorridas no SAA Independência Mansões em Aparecida de Goiânia-Go, demonstraram que a ocorrência de ferro acima de 0,3mg/L estiveram associado frequentemente a valores de turbidez e cor maior que 2,8NTU e 10uH respectivamente (SANEAGO,2010).

Este trabalho aplica-se e avalia o protocolo elaborado por SILVA et all (2015), executando a limpeza química da rede de distribuição de abastecimento público de água, pelo uso de ácidos orgânicos combinados, em Campinorte-GO e Goiânia no Sistema Madre Germana II , decorrente de incrustações de ferro e manganês, que ocasionam alterações na qualidade de água distribuída.

Autores: Carlos Roberto Alves dos Santos e Patrícia Pereira Ribeiro Keller.

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