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Irlanda e Unesp irão cooperar em estudo sobre qualidade da água

Parceria com Queen’s University, da Irlanda, pode ajudar a “farejar” contaminações em água

O professor Daniel Marcos Bonotto, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas, em Rio Claro, terá a cooperação do professor Trevor Elliot, da Queen’s University, em Belfast, na Irlanda do Norte, para desenvolver um projeto que envolve a análise de águas superficiais e subterrâneas usando gases nobres. Por não se misturarem com os demais elementos, os gases nobres podem funcionar como uma espécie de farejador de contaminações.

O professor da Unesp foi um dos vencedores da segunda chamada do Sprint (São Paulo Researchers in International Collaboration), oferecida pela Fapesp em 2014 e que visa fomentar colaborações entre instituições de pesquisa do Estado de São Paulo e os diversos parceiros internacionais da fundação de fomento paulista.

O projeto apresentado pelos professores Daniel Bonotto (Unesp) e Trevor Elliot (Queen’s University) chama-se Environmental Tracers of Water Resources Management e prevê a análise das águas superficiais da bacia do rio Corumbataí e das águas subterrâneas do aqüífero Guarani por meio de uma técnica que utiliza gases nobres para detectar elementos em proporções muito pequenas, os chamados elementos traço.

Bonotto lembra que a instituição irlandesa tem um laboratório especializado no uso de gases nobres para análise de água. “Por outro lado, a Unesp Rio Claro localiza-se na bacia do rio Corumbataí, uma das mais bem estudadas do estado de São Paulo”, explica o professor, argumentando que a parceria irá colaborar na elaboração de métodos mais apurados para a detecção destes elementos.

“Nós temos muita experiência com o uso do radônio, mas não tanta com os demais gases nobres”, afirma o professor de Rio Claro. “A vantagem do uso dos gases nobres é que eles não se combinam com outros elementos e, portanto, são excelentes para identificar possíveis contaminações. Ele é uma espécie de farejador para essas contaminações”.

A chamada da Fapesp também prevê a mobilidade de pesquisadores entre as duas instituições e a chegada de um doutorando da universidade irlandesa para estudar a bacia do rio Corumbataí está prevista no projeto.

Os dois professores se conhecem desde o final dos anos 80, quando ambos desenvolveram pesquisas de pós-graduação na Inglaterra, mas o contato se intensificou quando se encontraram em um congresso na Polônia em 2010. Desde então, o professor Elliot já veio à Unesp como professor visitante com o apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e da Capes, enquanto o professor de Rio Claro também passou um mês na Queen’s University conhecendo outros pesquisadores, laboratórios, e as linhas de pesquisa da universidade.

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